domingo, 17 de outubro de 2010

Reflexão.

  Lidar com o que somos e o que sentimos é um tema bem vasto, dá pano pra muita manga e a parte boa é que se você inventar um pouco ou omitir detalhes ninguém vai perceber muito a diferença. Também não quer dizer que sendo honesto e verdadeiro na medida do possível eu venha a relatar perfeitamente tudo que sentimos e acreditamos, muito menos de forma mais singular alguém poderia descrever uma personalidade baseada em meros textos ou relatos descabidos de total realidade, em sua totalidade.
  Pensar em refletir é algo meio irônico de se pensar, pior é refletir sobre pensar em refletir, peraí... É, isso mesmo. Continuando, saber o que significa de verdade o sentir e seus propósitos é tão simples e ao mesmo tempo tão complicado, muitas vezes nos pegamos perdidos em mais pensamentos do que deveríamos e isso complica muito o modo que vamos estruturar nossas idéias para chegar num ponto mais confortável de nos entendermos.  Mas a idéia básica deve ser mais ou menos por aí, você pega um pré-conceito e começa a trabalhar a idéia na sua cabeça, relendo os indícios de verdade e seus possíveis sinais de realidade com o que estamos tentando concluir, depois você destrói tudo que tinha pensado e se questiona diretamente, se não houver problema para você assimilar a questão é porque você conseguiu transformá-la na sua verdade pessoal. Podíamos até brigar com outras pessoas para defender essa idéia de tão confortável que ela se veste em nossas mentes limitadas. O problema é que outras pessoas vestem outras idéias, identificam outros códigos, outras realidades.
  Refletir sobre como isso afeta o outro e de que forma posso tornar a minha idéia mais confortável para as pessoas que estão a minha volta é um dos primeiros passos para se pensar coletivamente e estimular as pessoas a fazer o mesmo, refazer seus conceitos de forma mais agradável, mantendo espaço suficiente para que se questionem não só as idéias, mas seus métodos de concepção, desde que venham reformadas para o todo, não para defesa da parte ou da metade, seja ela majoritária ou minoritária. Tudo isso se tornou utópico, pois há muito tempo deixamos de pertencer ao mesmo plano, cada um tem seu plano para realidade, o que acaba por se afastar mais e mais da idéia primordial de se conquistar o equilíbrio, sem entrar na concepção de bem e mal, mas aceitando isso como parte de nossa natureza humana, sem ver como fraqueza aquilo que fazemos por um bem comum, mesmo que seja impossível agora a tentativa é válida em todos os aspectos, mesmo parecendo tão incomum.

Por: Rubem de Souza A. Neto

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