quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Orcs.

Sociedade orc.
No convívio entre orcs a hierarquia é importante para manter a mínima ordem, mas entre eles não existem profissões ou postos mais ou menos dignos, tudo o que esta a baixo do chefe de guerra é igualitariamente tratado com o mesmo valor. Geralmente buscando enaltecer e dar continuidade as tradições familiares dos seus pais, os orcs mais jovens escolhem a mesma profissão e buscam alcançar o mesmo posto dos seus, mantendo assim uma continuidade e aprimoramento do conhecimento, que depois de algumas gerações é passado quase que instintivamente aos descendentes. Caberá sempre ao chefe de guerra delegar as tarefas aos seus subordinados, essas tarefas são levadas pelos “portadores da voz” que são os orcs mais velhos e sábios da horda, que tem a função de passar a vontade do chefe guerreiro para que seja cumprida.  Ao contrário do que se pensava esses orcs anciões não são chamados de portadores da voz por conduzir a vontade do chefe guerreiro aos outros orcs, mas sim por serem grandes xamãs em contato direto com o mundo espiritual, traduzindo a voz dos espíritos da terra e do fogo ancestral.
Os orcs xamãs são temidos pela sua capacidade de controlar bestas selvagens e manipular o fogo com a brutalidade de uma tempestade ou o poder curativo da terra. O chefe guerreiro é a figura central de uma horda de orcs, mas indiretamente são os xamãs quem controlam a impulsividade do chefe guerreiro através de conselhos e consultando os espíritos antes de um ataque. Para uma horda é sinal de mal presságio se um chefe guerreiro não escuta os espíritos e seus conselhos, por isso, um chefe guerreiro experiente sabe que precisa do consentimento dos seus xamãs se quiser realizar um ataque explorando a moral elevada das suas tropas. Recentemente um fato no mínimo inusitado salvou uma cidade élfica da devastação. Uma horda com quase cinco mil orcs recuou de uma vitoria certa ao perceber que seu chefe guerreiro, não escutando os conselhos dos espíritos, ordenou um ataque direto assim que avistou a cidade de Thal-vassar, onde os espíritos, através dos xamãs haviam dado o aviso de que a horda só deveria atacar ao amanhecer do terceiro dia de cerco. Arrematado por uma forte diarréia o chefe guerreiro tombou de febre, não sabendo ao certo se aquilo estava acontecendo por castigo dos espíritos ou pela carne de porco estragada, o chefe guerreiro ordenou a retirada do campo de batalha as suas tropas que obedeceram sem questionar, a cidade havia se salvado da destruição por um triz, e doze horas depois o chefe guerreiro Krokhar fora despedaçado pela horda que em seguida se fragmentou, debandando para floresta.

Por: Rubem de Souza Almeida Neto.